No dia 06 agosto de 1945, exatamente 68
anos atrás, uma bomba selou o destino da cidade japonesa de Hiroshima.
Três dias depois, no dia 09 de agosto, foi a vez da cidade de Nagasaky.
Lançadas por bombardeiros da força área dos Estados Unidos, sob as
ordens do então presidente Harry S. Truman, o poder de destruição das
bombas arrasou as duas cidades e matou milhares de pessoas. O governo
japonês não encontrou outra alternativa a não ser se render em 15 de
agosto de 1945, e assim, em 2 de setembro do mesmo ano acabava a Segunda
Guerra Mundial.
A bomba que arrasou Hiroshima matando cerca de 166 mil pessoas, era chamada de “Little Boy” (figura 1) e possuía 60 quilos de urânio (92U).
A energia nuclear foi liberada a partir de uma reação em cadeia
iniciada por uma explosão que ocorreu a 576 metros de altura. Seu poder
de destruição foi comparado ao de 15 mil toneladas de dinamite.
Figura 1: Little Boy
Já em Nagasaky, a bomba chamada “Fat Man” (figura 2) foi construída com plutônio (94Pu).
Explodiu a cerca de 600 metros de altura e destruiu construções,
causando uma onda de choque, calor e forte radiação que vitimou
aproximadamente 80 mil pessoas.
A estimativa das mortes foi feita durante
os quatro primeiros meses após o bombardeio das duas cidades. Porém, a
metade das mortes ocorreu no primeiro dia de bombardeio em cada cidade. O
departamento de saúde da prefeitura de Hiroshima estimou que, das
pessoas que morreram no dia da explosão, 60% morreram de queimadura por
chama ou calor, 30% a partir de destroços e 10% por outras causas.
Durante os meses seguintes, um grande número de pessoas morreu por causa
do efeito das queimaduras, doenças da radiação e outras lesões.
Figura 2: “Fat Man”
As bombas atômicas foram construídas a
partir do conhecimento da ciência sobre as propriedades da matéria,
especificamente da energia contida nos átomos que é liberada em
processos de fissão e fusão nuclear. A tecnologia necessária para essa
construção foi desenvolvida pelo grupo de cientistas do Projeto
Manhattan que tinha como objetivo inicial criar uma bomba contra a
Alemanha nazista. Alguns cientistas, incluindo Albert Einstein, disseram
ter se arrependido do sucesso do projeto.
Atualmente a energia nuclear e a
radioatividade são usadas na produção de energia, em diagnósticos
clínicos e em tratamentos como a radioterapia. Este é um exemplo de como
o conhecimento científico pode ser usado para salvar vidas ou para
tirar vidas e se contrapõe ao argumento de neutralidade da ciência. Que
tal um debate sobre essas aplicações totalmente opostas? Proponha a
pesquisa e o debate sobre este tema fascinante em sua sala de aula.
Para entender mais sobre radioatividade e
seus efeitos, acesse o AEW – Ambiente Educacional WEB – e busque pelo
tema. Você poderá achar, entre outros conteúdos, a animação “A Mina” (ou
acesse o link: http://ambiente.educacao.ba.gov.br/conteudos-digitais/conteudo/exibir/id/149)
Outro conteúdo catalogado no AEW é uma
sequência com três episódios chamada “ Noções de Física Moderna”. O
episódio dois traz informações sobre a energia nuclear que pode ser
empregada em um bomba atômica e está disponível no link: <http://ambiente.educacao.ba.gov.br/conteudos-digitais/conteudo/exibir/id/587>
Além destes conteúdos, vários vídeos sobre o tema estão disponíveis no YouTube:
Fontes para pesquisa:
http://en.wikipedia.org/wiki/Atomic_bombings_of_Hiroshima_and_Nagasaki
http://pt.wikipedia.org/wiki/Projeto_Manhattan
http://www.infoescola.com/historia/bombas-de-hiroshima-e-nagasaki/
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